Avaliação e Perícia

Uma Estratégia de Liquidez, Otimização Patrimonial e Segurança para Empresas.

Uma Estratégia de Liquidez, Otimização Patrimonial e Segurança para Empresas. Em um cenário empresarial cada vez mais competitivo e incerto, gestores atentos buscam mais do que manter o controle patrimonial: eles procuram extrair liquidez, confiança e estratégia dos ativos que já possuem.
Com mais de 6.200 laudos realizados em todo o território nacional desde 2012, temos testemunhado uma mudança importante: empresas que utilizam a avaliação de ativos não como obrigação, mas como ferramenta de alavancagem de capital, ganho de eficiência e mitigação de riscos
      Embora muitas empresas enxerguem esses serviços apenas como exigências em processos judiciais ou contábeis, sua aplicação vai muito além do mero cumprimento de obrigações. A avaliação e a perícia, quando bem aplicadas, atuam como ferramentas estratégicas — Geram economia tributária, atraem investidores e até reestruturam a imagem contábil de uma organização perante o mercado.  Muitas vezes, imóveis, equipamentos e ativos diversos permanecem esquecidos no balanço contábil, classificados por valores históricos defasados, sem revelar seu verdadeiro potencial. No entanto, com o suporte técnico correto, esses mesmos ativos podem ser convertidos em liquidez, poder de negociação e alavancagem financeira. É exatamente aqui que entram os serviços de avaliação e perícia patrimonial da INN inteligência Negocial.                 Na prática, tudo começa por um olhar técnico sobre os bens da empresa. Uma avaliação imobiliária, por exemplo, pode determinar o valor justo de mercado de uma galpão, sede corporativa, imóvel rural, terreno ou área industrial. Esse laudo, emitido segundo normas técnicas da ABNT 14.643, que regulamenta o setor de engenharia de avaliações de imóveis e utiliza critérios estatísticos confiáveis, torna-se um documento oficial que pode ser apresentado a bancos, fundos ou investidores para obtenção de crédito com garantias reais. Ou seja, bens antes “imobilizados” passam a ser ativos mobilizadores de recursos.Ao oferecer um imóvel ou equipamento avaliado tecnicamente como garantia, a empresa consegue acesso a linhas de crédito com taxas de juros significativamente menores do que aquelas oferecidas em operações sem garantia, como empréstimos rotativos, antecipações de recebíveis ou capital de giro tradicional. Enquanto estas últimas podem ter taxas que variam entre 2% e 5% ao mês, o crédito com garantia real — também chamado de “home equity corporativo”— costuma operar com juros a partir de 1% ao mês, com prazos mais longos e maior flexibilidade de negociação. Além disso, a análise de crédito tende a ser mais objetiva, uma vez que o foco principal está na robustez e liquidez do bem oferecido. Tornando o processo menos burocrático, mais previsível e muito mais vantajoso do ponto de vista financeiro. A estratégia de “sale and leaseback”, muito comum em mercados mais maduros, também tem sido uma alternativa para empresas que desejam manter sua operação em um imóvel, mas necessitam de caixa. Nessa operação, o imóvel é vendido com base em um laudo técnico atualizado e, simultaneamente, é assinado um contrato de aluguel de longo prazo. O capital entra rapidamente no caixa e a empresa continua usando o mesmo espaço, com total previsibilidade de custos. Sem esse laudo de avaliação, nenhuma operação desse tipo pode avançar com segurança jurídica e financeira. Outro ponto que merece atenção: é a reavaliação contábil. Muitas empresas possuem ativos registrados por valores históricos que não correspondem mais à realidade de mercado. Isso gera distorções, reduz o patrimônio líquido declarado e limita a atratividade frente a investidores ou instituições financeiras. A reavaliação a valor justo, respaldada pelas normas contábeis brasileiras (como o CPC 27), permite que a empresa atualize seus ativos sem gerar impacto tributário imediato. O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), inclusive, já se manifestou favoravelmente a essa prática ao reforçar que apenas com a realização efetiva do ganho patrimonial há incidência de impostos. Isso significa que a empresa pode atualizar seu balanço com segurança, refletindo com mais precisão sua real robustez patrimonial sem gerar tributos sobre lucros não realizados. Mas os benefícios não param na contabilidade. A avaliação também contribui diretamente para a gestão de riscos e à eficiência financeira. Ela pode indicar, por exemplo, que determinado imóvel está com valor venal superestimado pelo município, o que abre margem para contestação do IPTU e redução da carga tributária. Em imóveis com restrição ambiental, esse tipo de ajuste pode gerar economias significativas ano após ano. Já a avaliação de bens móveis — como maquinário, veículos ou equipamentos — oferece subsídios para venda, locação, seguro ou mesmo controle interno patrimonial. Cada ativo é examinado sob critérios como depreciação, obsolescência e valor residual de mercado, oferecendo um retrato muito mais preciso do que há registrado. Esse potencial, no entanto, ainda é pouco explorado por muitas empresas que mantêm ativos subvalorizados ou subutilizados no seu balanço. Para empresas em fase de expansão, fusão, entrada de novos sócios ou captação de investidores, a due diligence patrimonial é outro componente indispensável. Trata-se de uma investigação técnica sobre os bens e passivos de uma empresa, que permite identificar riscos ocultos, inconsistências, pendências jurídicas ou oportunidades de valorização. Um relatório de diligência bem feito é um instrumento poderoso de negociação e segurança para ambas as partes envolvidas em qualquer operação societária. Também é importante mencionar o papel da avaliação e perícia em processos de recuperação judicial. Em muitos casos, é esse serviço que viabiliza um plano sólido e viável de reestruturação empresarial. Através de laudos técnicos atualizados, é possível conhecer o valor de liquidação dos ativos, definir garantias reais, planejar vendas estratégicas e demonstrar ao juiz e aos credores a capacidade da empresa de honrar seus compromissos — condição fundamental para aprovação do plano de recuperação. Todas essas possibilidades reforçam a importância de repensar a forma como o patrimônio é tratado e buscar apoio técnico qualificado. A clareza sobre o valor real do patrimônio, aliada à capacidade de utilizá-lo com propósito, representa o início de uma nova etapa de liquidez, eficiência e crescimento.

Texto produzido por Sandro Stoeterau, sócio fundador da INN – Inteligência Negocial

Márcio Godoy

Personal Banker - Sócio Fundador INN - Inteligência Negocial